O ofício da costureira: Linhas que Transformam Vidas
- Simone Mendes
- 23 de mai.
- 1 min de leitura
Costurar vai muito além de unir tecidos com linha e agulha. É um ofício ancestral que carrega histórias, saberes e resistência. Ser costureira é dominar uma arte que, por gerações, sustentou famílias, vestiu corpos e deu dignidade a muitas mulheres. Em cada ponto alinhavado, há força, criatividade e autonomia.
Para muitas mulheres, a costura foi e continua sendo uma porta de entrada para a independência financeira. Em um mundo que ainda impõe barreiras ao protagonismo feminino, aprender costurar representa liberdade. A possibilidade de gerar renda com as próprias mãos, de empreender, de conquistar um espaço só seu. O ofício também fortalece a autoestima, pois permite que cada uma reconheça seu talento, sua capacidade de transformar matéria-prima em beleza, arte e utilidade.
Além disso, costurar é também uma forma de cuidado e expressão.É um tempo de silêncio criativo, de conexão com o presente, onde cada detalhe importa. Muitas vezes, a costura se transforma em terapia, em alívio emocional, em uma maneira de se reconectar com a própria essência. Quem costura sabe que há cura nos retalhos, que há amor em cada peça feita com dedicação.
E o impacto vai além do individual. Ao ensinar e compartilhar saberes, as costureiras criam redes de apoio e afeto entre mulheres. Grupos, oficinas, comunidades surgem desse saber compartilhado, promovendo inclusão, acolhimento e pertencimento. A costura, assim, se torna também um ato coletivo de resistência e transformação social.
Ser costureira é tecer futuro com as próprias mãos. É um ofício que empodera, que educa, que transforma. Um fio que de forma silenciosa e firme, entrelaça vidas e histórias com coragem e beleza.
Salve o dia da costureira
Por Simone Mendes




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